• Episódio 38 - Marina Lima (Lado Cicero)
    Nov 18 2024

    Este é o último episódio da trilogia dedicada à obra de Marina Lima. Aqui, Alexandre da Maia fala sobre os discos de Marina nos anos 80 pós-Fullgás, do Todas (1985) ao Próxima Parada (1989), bem como a continuidade de sua obra pelos anos 90, até os dias atuais.

    O programa destaca a relação entre letra e música, ideia e composição, dor e desejo, cobra e paraíso e todas as dubiedades e complementaridades possíveis entre Marina Lima e Antonio Cícero, pilares da poesia e da canção popular no Brasil.

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    1 hr and 11 mins
  • Episódio 37 - Marina Lima (Lado B - Especial Fullgás 40 anos)
    Nov 11 2024

    Neste segundo episódio dedicado à obra de Marina Lima, o Bororó apresenta um especial dedicado aos 40 anos do Fullgás (1984), quinto LP lançado pela compositora, arranjadora e cantora.

    Em uma gravadora nova, a PolyGram, Marina tem a liberdade de encontrar seu som. Com a ajuda de um Casiotone, a artista constrói um mosaico de referências pop desde a montagem dos arranjos até a escolha do repertório.

    Com canções que ecoam a poética do desejo dos irmãos Marina Lima e Antonio Cícero, aliadas a composições de Nelson Motta, Lobão, Lulu Santos e da dupla Roberto e Erasmo, Marina lançou um disco que é a cara do Brasil e da juventude do início dos anos 80: com ousadia e desejo de experimentar sonoridades eletrônicas com elementos do rock, do pop e da MPB.


    Bororó também é cultura.

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    1 hr and 2 mins
  • Episódio 36 - Marina Lima (Lado A)
    Nov 4 2024

    Marina Lima é, sem dúvida alguma, uma das artistas mais completas e importantes da música popular feita no Brasil. Marina Lima despontou como uma das artistas mais originais e promissoras do cenário musical brasileiro já nos anos 1970, revelando desde cedo uma habilidade única para transitar entre o pop, a MPB e o rock. Antes de alcançar sucesso com Fullgás (1984), Marina construiu as bases de sua sonoridade e identidade artística em uma série de álbuns que refletiram sua sensibilidade, ousadia e talento como compositora e intérprete.

    Seu primeiro álbum, Simples Como Fogo (1979), trouxe uma jovem Marina com voz envolvente e já madura em suas intenções musicais. Com um repertório que mesclava canções autorais e colaborações, este disco apresentou ao público uma artista em busca de um estilo próprio, com destaque para a parceria com o irmão e letrista Antônio Cícero.

    Este programa é o primeiro de uma série, já que a obra de Marina é muitifacetada por excelência, e trata de aspectos comportamentais, políticos, sexuais e amorosos em uma estética do desejo muito própria, centrada no agora do momento presente, com pouco recurso ao uso de refrões. Afinal, essa poética é direta e profunda, sem perder seu delicioso apelo pop.

    Neste primeiro programa, vamos das origens da parceria entre os irmãos Marina e Cícero nos anos 70, quando Marina faz a música para um poema do irmão (“Alma caiada”) até o disco Certos acordes, lançado pela Ariola em 1981. Veremos tudo aquilo que antecede ao lançamento dos discos ...Desta Vida, Desta Arte...(1982) e Fullgás (1984)

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    58 mins
  • Episódio 35 - Cátia de França (Lado B)
    Oct 28 2024

    Este é o segundo episódio dedicado à cantora e compositora Cátia de França, com a continuidade de uma entrevista exclusiva a Raphael Dorsa Neto.

    Cátia de França consolidou-se como uma artista de vanguarda na música brasileira, com uma trajetória marcada pela originalidade e pela constante renovação estética. Ao longo de sua carreira, ela se manteve fiel às suas raízes nordestinas, ao mesmo tempo em que expandia suas referências, dialogando com a música popular urbana, a literatura e as tradições regionais, sem perder o caráter inventivo.

    Nos anos seguintes ao lançamento de "20 Palavras ao Redor do Sol", Cátia de França seguiu explorando seu talento multifacetado. Além de suas composições sofisticadas e liricamente complexas, Cátia se destaca como instrumentista virtuosa, tocando desde o violão e o piano até a sanfona, um instrumento icônico do Nordeste brasileiro. A riqueza sonora de sua música reflete sua profunda compreensão dos ritmos e formas tradicionais do sertão, que ela mescla com elementos da música afro-brasileira, do jazz, do blues e da bossa nova.

    Um exemplo claro dessa fusão estilística aparece no álbum "Feliz Demais" (1985), que demonstra uma maior liberdade criativa e uma ampliação de seu repertório musical. O disco traz canções com arranjos mais elaborados, flertando com o experimentalismo sonoro, mas mantendo o compromisso com a música popular nordestina. Cátia nunca deixou de explorar suas raízes, mas seu espírito livre a levou a navegar por mares sonoros amplos, resultando em uma discografia cheia de nuances e de colaborações com grandes nomes da MPB, como Zé Ramalho, Alceu Valença e Geraldo Azevedo.

    Outro trabalho importante é o álbum "Avatar" (1997), no qual Cátia continua seu diálogo com o imaginário popular e a literatura, abordando questões de identidade, ecologia e resistência cultural. Sua voz, sempre profunda e envolvente, é o fio condutor dessa obra que ecoa a força telúrica do sertão e ao mesmo tempo reflete sobre os desafios contemporâneos, sempre com uma sensibilidade poética e uma abordagem inovadora.

    Mesmo após mais de quatro décadas de carreira, Cátia de França continua sendo uma figura essencial para a compreensão da música popular brasileira, especialmente no que diz respeito à produção nordestina. Seu estilo único, que combina o local e o universal, a tradição e a modernidade, faz dela uma artista cuja obra é fundamental para quem busca entender a pluralidade e a riqueza cultural do Brasil. Cátia permanece como uma referência para novas gerações de músicos e um exemplo de como a música pode ser um veículo de identidade, resistência e inovação artística.


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    56 mins
  • Episódio 34 - Cátia de França (Lado A)
    Oct 20 2024

    Cátia de França é uma das mais singulares vozes da música brasileira, especialmente conhecida por seu trabalho como compositora, cantora e multiinstrumentista.

    Nascida em João Pessoa, na Paraíba, em 1947, Cátia traz em sua obra uma forte conexão com as raízes culturais nordestinas, misturando elementos da música popular regional, como o coco, o baião e o forró, com influências da MPB e da literatura brasileira. Sua carreira é marcada pela fusão criativa de música e poesia, sendo frequentemente inspirada por escritores como João Cabral de Melo Neto e Guimarães Rosa.

    Seu álbum de estreia, "20 Palavras ao Redor do Sol" (1979), é uma obra de referência para quem busca compreender a riqueza da música nordestina reinterpretada no contexto da década de 1970. O disco é um mosaico de ritmos regionais, com letras que dialogam com a tradição literária brasileira, especialmente com a obra de João Cabral, como em “Coito das Araras”. Essa capacidade de aliar a força poética de grandes escritores com uma musicalidade sofisticada fez de Cátia uma figura de culto entre os admiradores da música nordestina e da MPB.

    Outro marco em sua discografia é o álbum “Estilhaços” (1980), onde sua habilidade de traduzir o cotidiano e a cultura do sertão nordestino em músicas vibrantes e engajadas se aprofunda. Ao longo dos anos, Cátia de França seguiu desafiando convenções, misturando gêneros, explorando novas sonoridades e mantendo um vínculo com a cultura nordestina que a alimenta artisticamente.

    Embora menos conhecida do grande público, Cátia é admirada por sua autenticidade e por sua dedicação à experimentação artística. Sua obra ecoa a força da tradição e a liberdade da criação contemporânea, posicionando-a como uma das artistas mais respeitadas e inovadoras do cenário brasileiro.

    Raphael Dorsa Neto apresenta o Lado A dessa grande artista brasileira com uma entrevista especial, realizada no estado do Rio de Janeiro. Acompanhe a partir de agora essa homenagem do Bororó a Cátia de França.

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    1 hr
  • Episódio 33 - Cartola
    Oct 14 2024

    Em 11 de outubro de 2024, completam-se 116 anos do nascimento de Angenor de Oliveira, o Cartola, um dos maiores ícones da música brasileira e do samba. Seu nome ressoa como sinônimo de lirismo, sofisticação e resistência cultural, atravessando gerações como um símbolo da potência poética e musical das camadas populares do Brasil. Cartola não foi apenas um compositor extraordinário; ele moldou as fundações do samba e, por extensão, da própria identidade musical brasileira no século XX.

    Nascido no Catete e criado em Laranjeiras e no Morro da Mangueira, Cartola viveu na pele a realidade dos morros cariocas, ambiente onde a luta pela sobrevivência cotidiana e a discriminação racial e social eram constantes. Foi nesse contexto que o samba emergiu como a expressão legítima e visceral de um povo que, mesmo marginalizado, encontrou na música um canal de expressão de suas alegrias, dores e esperanças. Cartola, mais do que um observador desse processo, foi um dos arquitetos dessa forma de arte, contribuindo decisivamente para sua estruturação tanto no plano musical quanto simbólico.

    Aos 20 anos, em 1928, ele cofundou a Estação Primeira de Mangueira, uma escola de samba que se tornaria uma das mais emblemáticas do carnaval carioca. Se hoje Mangueira é um dos maiores redutos de resistência cultural afro-brasileira, muito disso se deve à visão e à ação de Cartola. Ele trouxe ao samba uma dignidade que antes era negada pelas elites culturais, que viam o gênero como uma manifestação menor, associada ao crime e à desordem. Ao lado de Carlos Cachaça e outros sambistas, Cartola ajudou a elevar o samba à categoria de arte refinada, comparável ao que de melhor se fazia no Brasil e no mundo.

    O legado de Cartola transcende sua própria vida. Sua obra ajudou a criar um paradigma de samba que influencia até hoje grandes nomes da música brasileira, como Paulinho da Viola, Beth Carvalho, Zeca Pagodinho, e muitos outros. Ao colocar a alma nas suas canções, ele fez com que o samba deixasse de ser visto como música marginalizada e ganhasse status de patrimônio cultural.


    O Brasil contemporâneo, muitas vezes marcado por uma desconexão com sua própria história cultural, precisa urgentemente revisitar Cartola. Sua obra é um lembrete constante da potência criativa e intelectual do povo afro-brasileiro, que, apesar de tantas adversidades, produziu uma das músicas mais ricas e complexas do mundo. O samba de Cartola, com seu lirismo e sofisticação, é um espelho da alma brasileira, refletindo as contradições, as belezas e as tristezas de um país multifacetado.

    Aos 116 anos de seu nascimento, Cartola continua sendo um farol. Sua música, marcada pela tristeza e pela alegria, pela luta e pela celebração, nos ensina que, mesmo nos momentos mais difíceis, há beleza a ser encontrada. O mundo pode ser um moinho, mas, nas mãos de Cartola, ele girou sempre ao som de uma melodia que transcende o tempo e a dor, transformando-se em eternidade.

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    57 mins
  • Episódio 32 - Candeia
    Oct 7 2024

    Candeia, nascido Antônio Candeia Filho, foi um dos maiores compositores e intérpretes do samba, especialmente dentro da vertente do samba de raiz e do samba-enredo, marcando profundamente a história do gênero. Candeia tinha uma sensibilidade única para retratar as vivências do povo negro, a luta por dignidade e a preservação das tradições do samba e da cultura afro-brasileira.

    Nascido em 17 de agosto de 1935, no bairro de Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, ele cresceu imerso no universo do samba, sendo filho de um mestre de capoeira e sambista, o que desde cedo o ligou às tradições negras e populares. Começou sua trajetória na escola de samba Portela, uma das mais tradicionais do Rio, para a qual compôs sambas-enredo memoráveis. Um dos mais marcantes foi o enredo “Seis Datas Magnas” (1957), que lhe rendeu o primeiro campeonato da escola e destacou seu talento.

    Além de seu papel na Portela, Candeia também se destacou por sua carreira solo. Um momento crucial em sua vida ocorreu em 1965, quando foi baleado em um confronto com um policial, o que o deixou paraplégico. Esse evento foi transformador, pois embora tenha limitado sua mobilidade física, não diminuiu sua veia criativa, e ele usou sua música para fortalecer suas lutas por igualdade racial e valorização da cultura afro-brasileira.


    Sua discografia é um tesouro para qualquer amante do samba. O álbum “Axé! Gente Amiga do Samba” (1978) é um dos pontos altos de sua obra, onde Candeia expressa seu amor pelo samba de roda, a cultura popular e a religiosidade afro-brasileira, especialmente o candomblé. Outra obra essencial é o disco “Samba de Roda” (1975), em que ele aprofunda ainda mais as raízes do samba tradicional, trazendo um resgate dos sambas de terreiro e das rodas de partido alto.

    Candeia também foi um ativista cultural e um dos fundadores do Grêmio Recreativo de Arte Negra Escola de Samba Quilombo, em 1975. Esse projeto tinha como objetivo resgatar a essência das escolas de samba, que, segundo ele, estavam se afastando de suas raízes comunitárias e culturais em prol de uma maior comercialização e espetáculo. O Quilombo defendia a participação da comunidade e a preservação das tradições afro-brasileiras.

    Entre suas composições mais conhecidas estão canções como “Preciso Me Encontrar”, uma de suas obras-primas, eternizada pela gravação de Cartola e também famosa na voz de Marisa Monte, e “Testamento de Partideiro”, onde declara seu orgulho de ser sambista e partideiro, celebrando a força do samba como símbolo de resistência.

    Candeia morreu jovem, aos 43 anos, em 1978. Ele foi um poeta do samba que expressou com profundidade a luta e o orgulho do povo negro, e sua música permanece uma referência fundamental para quem busca entender o verdadeiro espírito do samba.

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    56 mins
  • Episódio 31 - Nelson Cavaquinho
    Sep 30 2024

    Nelson Cavaquinho é uma das figuras mais emblemáticas e profundas da história do samba brasileiro. Nascido Nelson Antônio da Silva em 29 de outubro de 1911, no bairro da Tijuca, Rio de Janeiro, ele moldou o samba com uma sensibilidade crua e honesta que refletia tanto sua vida difícil quanto suas reflexões sobre o tempo, a morte e a existência humana. Ao contrário de muitos sambistas que celebravam o lado festivo do gênero, Nelson caminhou na contramão, criando uma obra marcada pela melancolia e pelo lirismo profundo.

    Embora seu nome artístico faça referência ao cavaquinho, Nelson foi um mestre no violão. Curiosamente, ele desenvolveu uma técnica única de tocar violão utilizando apenas dois dedos da mão direita, algo que, embora limitado tecnicamente, lhe permitiu criar um estilo inconfundível. Sua música, com harmonia simples e melodias diretas, valorizava as letras, onde residia o coração de sua arte.


    Nelson Cavaquinho cresceu em um Rio de Janeiro onde o samba ainda estava ganhando as ruas e as rodas de samba se tornavam o centro das atividades culturais das comunidades. Seu envolvimento com a Mangueira, uma das escolas de samba mais tradicionais, foi um ponto de virada em sua vida e carreira. Na Mangueira, ele se aproximou de outros gigantes do samba, como Cartola e Carlos Cachaça, e foi ali que encontrou o ambiente propício para compor algumas das suas canções mais memoráveis.

    O que faz Nelson Cavaquinho singular no panteão do samba é a sua obsessão com temas como a efemeridade da vida, a morte e a desilusão. Em canções como "A Flor e o Espinho", composta em parceria com Guilherme de Brito e Alcides Caminha, há uma profunda reflexão sobre o sofrimento e a inevitabilidade da dor na experiência humana. A letra, que diz "tire o seu sorriso do caminho, que eu quero passar com a minha dor", sintetiza essa visão amarga e poética da vida, uma visão que permeia grande parte de sua obra.

    Sua parceria com Guilherme de Brito foi uma das mais frutíferas da música brasileira. Juntos, criaram uma vasta obra de sambas que se tornaram verdadeiros hinos, não apenas para o público, mas para as rodas de samba e os grandes intérpretes da música popular brasileira. Essa união de talentos resultou em clássicos que equilibravam simplicidade melódica e complexidade emocional, algo raro e precioso no cenário musical.


    Nelson era um homem de hábitos simples, que viveu a maior parte de sua vida sem os luxos ou o reconhecimento que suas composições mereciam. Apenas mais tarde em sua carreira, já na década de 1970, ele começou a ganhar o devido reconhecimento, com artistas renomados gravando suas músicas e levando seu nome para um público maior. Sua participação em discos importantes e documentários ajudou a consolidar sua posição como um dos grandes mestres do samba.


    Embora tenha enfrentado muitas dificuldades ao longo da vida, inclusive com o alcoolismo, que marcou sua trajetória pessoal e artística, Nelson nunca perdeu a capacidade de transformar a dor em beleza. Suas canções são monumentos à condição humana, especialmente à fragilidade e à impermanência da vida. Ao ouvir sua obra, é impossível não se sentir tocado pela honestidade emocional que ele colocava em cada verso.


    Nelson Cavaquinho morreu em 18 de fevereiro de 1986, deixando um legado que vai muito além do samba. Suas canções são verdadeiros poemas musicais que falam de uma filosofia de vida, de aceitação e de compreensão das limitações humanas. Nelson enxergava o mundo com olhos de poeta, e seu talento estava em expressar isso de maneira tão simples quanto profunda.

    Se o samba pode ser visto como a alma do Brasil, Nelson Cavaquinho foi o cronista das suas sombras, das suas tristezas e das suas belezas mais silenciosas. Sua obra, mesmo mergulhada em temas dolorosos, encontra beleza no sofrimento e faz da melancolia um instrumento de conexão humana. Cada acorde e cada verso de suas músicas são como um espelho para a alma daqueles que o ouvem, um lembrete de que, mesmo na dor, há poesia.

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    56 mins