Quem mandou matar Marielle Franco? E por quê? Dia 14 de março, completam-se cinco anos sem respostas.
A mira sobre a então vereadora da cidade do Rio de Janeiro se deu em razão de sua atuação política e pela sua representação pessoal de tantas facetas da desigualdade e da estigmatização social de gênero. Negra, periférica, lésbica, combativa e, portanto, profundamente incômoda nos espaços de poder.
O crime e a não resolução do caso revelam o quanto ainda nos falta para garantir às mulheres o direito ao exercício político no Brasil. Demonstram ainda que a sociedade precisa estar atenta à violência política de gênero.
É sobre esse tema e sobre o legado de Marielle Franco para a luta das mulheres na política que discutimos nesta edição do Rádio Debate. Participam do programa:
> Zuleide Queiroz, pedagoga e doutora em Educação pela Universidade Federal do Ceará, e professora do Mestrado Profissional em Ensino de História e no Mestrado Profissional em Educação da Universidade Regional do Cariri. Pesquisadora e militante voltada para as questões de raça, gênero e educação, atuando no Movimento Negro Unificado, no Grupo de Valorização Negra do Cariri, na Frente de Mulheres do Cariri e na Resistência Feminista;
> Letícia Sabbatini, pesquisadora com ênfase nas intersecções entre gênero, comunicação política e tecnologias digitais. É uma das autoras do Mapa da Violência Política de Gênero em Plataformas Digitais, relatório produzido pelo Laboratório de Comunicação, Culturas Políticas e Economia da Colaboração, da Universidade Federal Fluminense.
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Foto de Capa: Sergio Moraes/Reuters
Produção: Raquel Dantas
Apresentação: Carolina Areal
Operação de Áudio: Leandro Stigliano
Edição: Leandro Stigliano e Carolina Areal