Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com o historiador Sérgio Armando Guerra Filho, professor do departamento de História da Universidade Federal do Reconcavo da Bahia. Pesquisa eventos envolvendo populares durante o período de Independência na Bahia, em específico os conflitos armados entre a Coroa portuguesa e os brasileiros durante o processo de adesão à Independência do Brasil de Portugal. Na nossa conversa, Sérgio comenta sobre a violência gerada pelos conflitos armados que marcaram os anos de 1822 e 1823 na Bahia. De acordo com o pesquisador a revolta popular possuía força social e assumia diversos significados relacionados ao sentido de liberdade, apresentando a independência como uma possibilidade de mudança de status social e de melhoria de condições de vida. Já para a Elite baiana, essa mudança estava relacionada a possibilidade de aumentar lucros em negociações que não fossem intermediadas pela Coroa. Para Sérgio os "tempos rebeldes" que marcaram a Bahia durante as décadas de 1820 e 1830, são essenciais para demonstrar a força dos projetos populares, fosse através da luta, fosse através das festas, como as comemorações do dia 2 de julho, que ocorrem todos os anos na Bahia e celebram a luta do povo baiano por defender seu território. Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Sérgio Filho: Poema "2 de julho" de Castro Alves; Músicas da banda Baiana Sistem. Juliana Magalhães: Série: Peaky Blinders (NETFLIX, 2022); Texto de Sérgio Guerra Filho no Blog do Bicentenário. Sarah Correia: Novela: Pantanal (Globo, 2022).