“O meu povo não aceita mineração”. As palavras são de Davi Kopenawa, xamã e líder do povo Yanomami. Kopenawa quer dizer casa de marimbondo e todo mundo sabe que não se deve mexer na casa de marimbondo.
No dia 20 de janeiro, o Brasil acordou com uma frase: “Não estamos conseguindo contar os corpos”. O desabafo de um profissional de saúde que atua na Terra Indígena Yanomami, entre os estados de Roraima e Amazonas, se tornou o título da reportagem que revelou com exclusividade o número aterrador que passou a ser repetido por autoridades e imprensa brasileira e internacional: 570 crianças da etnia Yanomami morreram por causas evitáveis nos quatro anos do governo do extremista de direita Jair Bolsonaro, um aumento de 29%.
No episódio de hoje, Elizângela Baré recebe Talita Bedinelli, repórter de Sumaúma que está em Boa Vista, acompanhando as ações de emergência para salvar o povo Yanomami da tentativa de genocídio que sofreram nos últimos quatro anos.
Também participam deste episódio Érica Vilela, presidente da Kumirayoma Associação das Mulheres Yanomami. A entidade representa as mulheres yanomami do rio Cauaburis e afluentes.
E Lucia Alberta, do povo Baré, diretora de Promoção e Desenvolvimento Sustentável da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).
Rádio Sumaúma é uma parceria entre Sumaúma Jornalismo do Centro do Mundo e Rede Wayuri de Comunicação Indígena com a produção da Vem de Áudio.
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