Felipe Castilho visita a Encruza Criativa para falar de "Serpentário", romance finalista do Jabuti no qual um grupo de amigos se vê numa enrascada ao visitar uma ilha misteriosa e precisar sacrificar um dos seus integrantes para escapar. No papo falamos de temas como o pacto da classe média, terapia de conversão, a influência de Stephen King, nazismo no Brasil, e mais.
De bônus papeamos também sobre Guarás: A Outra Margem, um quadrinho fabulesco que tem como protagonistas lobos-guarás.
***
A Encruza Criativa Podcast tem como eixo investigar espectralidades e o horror social nas narrativas brasileiras. Caso curta, aproveite para assinar a Encruza Criativa, uma newsletter sobre literatura e arte do ponto de vista de um autor queer.
*** Sinopse do livro: Com traços de H.P. Lovecraft e Robert W. Chambers, Serpentário é uma narrativa macabra, em que o humor mordaz e a ironia se insinuam como o veneno de uma serpente Todo ano, Caroline, Mariana e Hélio costumavam deixar a capital paulista para encontrar Paulo, um jovem habituado à simples vida caiçara. No entanto, a amizade construída nas areias do litoral sofreu abalos sísmicos no Réveillon de 1999, quando algo tão inquietante quanto o bug do milênio abriu caminho para uma misteriosa ilha que despontava no horizonte, e explorá-la talvez não tenha sido a melhor decisão. Sobreviver à Ilha das Cobras tem um preço. O arquipélago é um ambiente hostil, tomado por víboras, e esconde segredos tão perturbadores quanto seus habitantes. Mais do que um equívoco darwiniano ou uma lenda popular, a ilha praticamente destruiu a vida deles. Entre memórias e fatos fragmentados, o que aconteceu naquela fatídica noite se tornou um mistério. Mas de algumas coisas eles se lembram perfeitamente: uma enorme e ameaçadora serpente, além de uma pessoa sendo entregue ao ninho da víbora, um sacrifício sem chance de recusa. Anos depois, Caroline é confrontada com um de seus piores pesadelos: a pessoa que eles abandonaram está viva. Um fantasma do passado que surge para fazer suas certezas caírem por terra. Então, ela decide reunir os amigos para entender o que aconteceu. E talvez o encontro seja parte de algo maior... e maligno. Em Serpentário, Felipe Castilho mostra todo o seu talento ao mesclar referências do folclore e da mitologia a elementos da cultura pop, da ficção científica e do horror.